Histórico do Município
Prefeitura de Tesouro

História

Autor: Prefeitura de Tesouro Data: 22 de Junho de 2022

As primeiras movimentações na região de Tesouro devem-se às ações do sertanista Antônio
Cândido de Carvalho, que perlustrou, com pequena expedição grande área do leste mato-grossense,
em fins do século XIX.
Pouco tempo antes de 1897 esteve por aqui Antônio Cândido e a beleza destas paisagens, lhe
impressionou, na época, ainda virgens do contato do branco devastador de natureza, a não ser para
deleite de nações indígenas que habitavam as cercanias.
Antônio Cândido de Carvalho acabou sendo o “garoto propaganda”, do leste mato-grossense. Em
função do resultado de sua viagem de pesquisas, divulgando a excelência da terra e de suas
entranhas.
Não demorou muito e começaram a chegar criadores de gado, garimpeiros e seringueiros, em
busca dos extensos mangabais existentes na região. A vinda de tanta gente, em função específica da
publicidade Carvalheana, ensejou o aparecimento de inúmeras povoações. Muitas dessas currutelas
se transformaram em cidades, a exemplo de Tesouro, que teve sua base de povoamento nesta
fazenda. Morava na Fazenda Boa Vista, o mineiro João José de Morais, conhecido por Cajango. No
ano de 1.909, aportou em sua propriedade um grupo de seringueiros, eram eles: João Cezílio, José
Lício de Araújo, José Luiz e Feliciano Cezílio de Souza – o líder.
Ao travarem conversa com Cajango, cujas terras abrangiam imensa área, tomaram conhecimento
das riquezas minerais da região. Convencidos por Cajango, que conhecia os meandros da
garimpagem, os seringueiros resolveram experimentar outro tipo de atividade – trocaram a sangria
das mangabeiras por um jogo de peneiras. Puseram-se a explorar o Rio das Garças, internando-se
nas terras banhadas pelo Cassununga, em busca de diamantes, que efetivamente encontraram em
profusão. Cajango acabou sendo o cérebro das incursões do ex-seringueiro Feliciano, a quem
forneceu instruções sobre roteiros a seguir, suprimentos e mão de obra especializada, enfim um
parceiro de negócios. Descoberto os monchões, a cata dos diamantes tornou-se intensa,
determinando a afluência de novos garimpeiros e consequentemente o surgimento de um núcleo de
povoamento – currutela de Cassununga.
A currutela do Tesouro surgia logo após, com uma população sempre crescente. Seguindo a máxima
de que garimpeiro não se fixa em lugar nenhum e, portanto não cria raiz, o povoado de Tesouro só
estabilizou-se com a vinda de comerciantes, agricultores e criadores de gado, que desprezavam a
cata garimpeira. Essa gente deu estabilidade ao lugar, que, no entanto, continuou a abrigar em seus
domínios atividades garimpeiras. Bom para todo mundo.
A guerra pelo poder no Leste, tanto política quanto financeira, patrocinada pelo governo do estado e
pelo engenheiro agrônomo José Morbeck, teve reflexos no povoado do Tesouro. Outro fator
desestabilizador foi a passagem da Coluna Prestes, hoje vista de uma forma totalmente diferente
daqueles anos – 1926/1927.
A paz voltou a reinar nos garimpos do Garças a partir de meados da década de trinta. Por ocasião da
divisão Territorial e Administrativa do Estado de Mato Grosso, de 31 de dezembro de 1937, o
povoado de Tesouro apareceu como distrito do então “todo-poderoso” município de Santa Rita do
Araguaya. Por anos a fio permaneceu nesta situação.

Mais tarde teve seu território sob a jurisdição do município de Lajeado, posteriormente denominado
Guiratinga. A Lei nº. 664, de 10 de dezembro de 1953, de autoria do Deputado Clóvis Hugueney,
criou o município de Tesouro, com território desmembrado do município de Guiratinga.

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